TEORIA - LEVITAÇÃO .
Médiuns de
translações e de suspensões:
Os que produzem a translação aérea e a suspensão dos
corpos inertes no espaço, sem ponto de apoio. Entre eles há os que podem
elevar-se a si mesmos. Mais ou menos raros, conforme a amplitude do
fenômeno; muito raros, no último caso.
São José de Cupertino, em oração, ele
foi chamado de
"o Flying Frei" por causa de
suas levitações
Freqüentes.
Não
menos evidente é, segundo o que precede que a levitação não pode ser compreendida
senão à luz de nossas noções sobre a gravitação; é, pois, pelo estudo desta,
que devemos começar. Newton, o primeiro, deu a demonstração rigorosa da
gravitação, já suspeitada na Antigüidade. Eis o enunciado da lei por ele
estabelecida: Todos os corpos se atraem na razão direta do produto de suas
massas, e na inversa do quadrado de suas distâncias. Foi esta a primeira lei
terrena a que se atribuiu um valor universal; ela é real, tanto para a pedra
lançada pelo garoto, como para o cometa que chega das profundezas do espaço.
Tal é o fundamento sobre o qual se pôde estabelecer a ciência moderna da
astrofísica, ciência que parte deste princípio: todas as leis terrenas, a lei
do calor, da luz, da eletricidade, etc., têm um valor universal.
Para
definir o que é levitação vamos recorrer à “Enciclopédia de Parapsicologia,
Metapsíquica e Espiritismo”, de autoria de João Teixeira de Paula (Cultural
Brasil Editora Ltdª): “Em Espiritismo é o fenômeno em que, graças à ação de
Espíritos, que se valem dos fluidos de encarnados e desencarnados, se levitam,
suspendem, alçam, elevam, total ou parcialmente, coisas ou seres humanos ou
mesmo animais.
Kardec
não conhecia o termo (pelo menos não usou dele uma única vez) e falava em
Suspensão aérea dos “corpos graves”: de pessoas ou de coisas
L.
Palhano Jr., no “Dicionário de Filosofia Espírita” (Edições Celd) assim define
levitação: “Ato ou efeito de levitar. Fenômeno psíquico, anímico ou mediúnico,
no qual pessoa ou coisa ergue-se acima do solo sem uma razão visível, apenas
devido à força mental, de um encarnado ou desencarnado, que movimenta fluidos
ectoplasmáticos capazes de produzir uma alavanca psíquica suficientemente forte
para vencer a força da gravidade. É um fenômeno de efeito físico. Elevação de
um corpo no espaço, sem contato aparente, ficando suspenso, como se estivesse
subtraído à ação da gravidade”.
No
mesmo dicionário encontramos muitas informações sobre ectoplasma: “(Do grego:
ektós= indica movimento para fora; plasma= obra modelável, substância plástica.
(Metapsíquica). Palavra usada por Charles Riquet para definir uma substância
caracterizada como uma espécie de plasma, flexível, viscoso, incolor e inodoro,
sensível ao pensamento, que escapa do organismo de certos indivíduos, através
dos poros e dos orifícios naturais do corpo. Trata-se de um transe biológico,
quando há não apenas dissociação psíquica, mas também biológica. Segundo o
Espírito André Luiz, no livro “Nos Domínios da Mediunidade”, de Chico Xavier,
“o ectoplasma está situado entre a matéria densa e a matéria perispirítica,
assim como um produto de emanações da alma pelo filtro do corpo, e é o recurso
peculiar não somente ao homem, mas a todas as formas da natureza. Em certas
organizações especiais da raça humana, comparece em maiores proporções e em
relativa madureza para a manifestação necessária aos efeitos físicos. É um
elemento amorfo, mas de grande potência e vitalidade. Pode ser comparado a uma
genuína massa protoplasmática, sendo extremamente sensível, animado de
princípios criativos que funcionam como condutores de eletricidade e
magnetismo, mas que se subordinam, invariavelmente, ao pensamento e à vontade
do médium que o exterioriza ou dos Espíritos desencarnados ou não que
sintonizam com a mente mediúnica, senhoreando-lhe o modo de ser. Infinitamente
plástico, dá forma parcial ou total às entidades que se fazem visíveis aos
olhos dos companheiros terrestres ou diante da objetiva fotográfica, dá
consistência aos fios, bastonetes e outros tipos de formações, visíveis ou
invisíveis nos fenômenos de levitação, e substancializa as imagens criadas pela
imaginação do médium ou dos companheiros que o assistem mentalmente afinados com
ele”.
“Definição-
substância que emana do corpo de um médium capaz de produzir fenômenos de
efeitos físicos ou aparições à distância”. Trata-se de uma exalação fluídica,
sensível ao pensamento, visível ou invisível, plástica, inodora, insípida,
originalmente incolor, que tem a semelhança de uma massa protoplasmática.
Apesar
do fenômeno da levitação ser conhecido desde os tempos remotos, os estudiosos
do assunto sabem pouco sobre a força ou energia que o provoca.
Segundo
a jornalista Elsie Dubugras (Planeta Especial- número 187 A, Editora Três) a
levitação não está ligada, de nenhum modo, à santidade. “A maior parte dos
santos jamais levitou. Mas os santos que levitam se distinguem por uma
característica comum: são místicos, contemplativas, mesmo quando levam uma vida
ativa…”
Os
santos mais citados pelos hagiógrafos como portadores da faculdade em estudo
são: Santa Brígida de Vadstena, São Pedro de Alcântara, São Domingos, São Tomás
de Aquino, Santo Inácio de Loyola, São Felipe Néri, São José de Cupertino,
Santo Afonso Maria de Ligório, Santo Edmundo, São Geraldo Majela e Santa Tereza
d´Avila. É interessante observar que muitos dos santos citados possuíam outras
faculdades anímicas e mediúnicas.
Como
o fenômeno ocorre também fora do contexto religioso, ele deve ser estudado e
pesquisado como qualquer outro fenômeno paranormal.
A
levitação ocorreu com pessoas que não eram sequer religiosas. Entre elas
podemos destacar Daniel Dunglas Home, Eusápia Paladino e Carmine Mirabellli.
Daniel
Dunglas Home (1833-1886), médium escocês, nascido perto de Edimburgo, começou a
levitar aos 19 anos, involuntariamente, mas depois aprendeu a levitar
voluntariamente e fez demonstrações de suas habilidades diante de milhares de
pessoas, algumas famosas como Napoleão III, Mark Twain e Ruskin. Além de
flutuar, Home fazia com que alguns objetos à sua volta também levitassem,
incluindo alguns pesados móveis e até mesmo um piano. Fazia os sinos badalarem
sozinhos e os instrumentos musicais produzirem música sem que ninguém os
tocasse. Levitou por 40 anos. William Crookes, um dos cientistas mais famosos e
prestigiados da época, considerou a sua atuação legítima. Existe uma
documentação farta feita por pessoas que pesquisaram os fenômenos por ele
produzidos. Num dos casos (1868), “Home flutuou horizontalmente, como se
estivesse deitado numa cama, através de uma janela aberta no terceiro andar de
uma casa e voltou por outra. Seus pés entraram primeiro, depois o resto do
corpo”.
Eusápia
Paladino (1854-1918), nascida em Minervino, na Itália, participou de muitas
sessões de experimentação mediúnica com vários e célebres cientistas (entre
eles Schiaparelli, Aksakof, Charles Richet, Camille Flammarion, Gabriel Delanne
e Ernesto Bozzano). Os fenômenos documentados foram Telecinesia, levitação de
objetos e dela própria, aparição de luzes, materialização de Espíritos,
moldagens, etc.
Encontramos,
às vezes, casos engraçados de levitação. Um deles ocorreu com a visionária
Catherine Emmerich, que levitava desde criança. O fenômeno continuou a ocorrer
mesmo após ela entrar num convento. Encarregada da limpeza da sacristia da
igreja, ela aproveitou dessa faculdade da seguinte forma: sem saber como,
levitava de-repente e, no alto, tirava o pó da parte superior das colunas e
lavava as vidraças.
Outro
caso surpreendente ocorreu com a cunhada de um amigo meu. Ela e o esposo se
deitaram para dormir. No meio da noite ele acordou. A esposa não se encontrava
ao seu lado. Já se preparava para se levantar e ir procurá-la, quando olhou
para cima e levou o maior susto. Em posição horizontal, ela estava suspensa
rente ao teto. Se esse não existisse, sabe-se lá onde ela iria parar.
Os
casos mais notáveis de Levitação na era moderna, segundo Willian Crookes, são
atribuídos a Daniel Dunglas Home. Vejamos o que
diz Allan Kardec.
O MAIOR MÉDIUM DE EFEITOS FÍSICOS DO SÉCULO XIX
O MAIOR MÉDIUM DE EFEITOS FÍSICOS DO SÉCULO XIX

Fontes: - Revista
Espírita de 1858, mês de fevereiro / Revista Espírita
de 1863, mês de setembro - Nos Dominios da Mediunidade -antonioclaudineiribeiro


Tudo é possivel no universo.
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